quinta-feira, janeiro 23, 2003

A Grobo está se superando em matérias de vinhetas. Depois daquela vinheta de fim de ano horrível com a Vanessa Jackson, sobre a qual eu já falei em um post anterior, a Grobo conseguiu fazer outra pior ainda: a vinheta de carnavel com a Grobeleza grávida. Não, eu não estou brincando, botaram a Valéria Valenssa para sambar pelada e grávida.

A trilha sonora da vinheta é aquela mesmo sambinha chulé que eles repetem todo ano "vem, pra ser feliz, eu tô no ar to globeleza". Aí fica passando imagens da Grobeleza em vários carnavais, e você vê como tudo aquilo é ridículo, as lantejoulas, os penteados, os closes na bunda, etc.

E então vem o inesperado. A música muda repetinamente do samba para uma música instrumental esquisita, e aí, tchã-tchã-tchãm: aparece a globeleza grávida!!! E eles botam uma musiquinha 'sentimental', como se isso fosse a coisa mais emocionante do mundo.

E o detalhe é que o filho é do Hans Donner. Imagina que coisinha feia que não vai sair dali.

terça-feira, janeiro 21, 2003

Fim

Calma. Não se assustem com o título, este não é o fim do blog. Trata-se do fim de uma história muito mal resolvida entre mim e minha ex-namorada.

Sim, acabou. Estou vazio por dentro. Até recentemente, sempre que pensava nela eu sentia que ainda havia alguma coisa. Que ainda a amava. Mas depois de tanto tempo sendo maltratado, ouvindo que o novo namorado dela é melhor que eu, que ela é muito feliz agora, e que não conseguia ser comigo, que ela nunca me amou de verdade, ela conseguiu. Parabéns, M., você matou o amor que tinha dentro de mim.

Durante esses dois meses, eu servi para inflar o seu ego. Para ela, devia ser muito bom ter um homem se arrastando aos seus pés. Tanto que sempre que eu demonstrava estar cansado, sempre que eu fraquejava, ela insinuava que ainda gostava de mim. Mas na mesma medida que isso fazia bem para o ego dela, fazia mal para o meu, porque sempre que eu sentia esperança, ela me lembrava de como o novo namorado era maravilhoso.

Não estou com raiva. Não estou triste. Não sinto mais nada por ela. Como eu falei, é o fim. O fim de uma história sem final feliz.

domingo, janeiro 19, 2003

Hoje eu entendi o verdadeiro significado da palavra bíblica "regozijar". Foi quando eu me lembrei, já as 10 horas da noite, que amanhã é feriado no Rio e portanto não precisarei ir trabalhar. Se este momento fosse uma passagem bíblica, ela seria assim:

E quando Esqueleto preparava-se para dormir, eis que o Anjo Gabriel surgiu em sua frente e disse: "Não precisais dormir agora, pois não tereis que trabalhar amanhã", e todos se regozijaram".
Devido ao grande número de mulheres que se encontram perdidamente apaixonadas pelo Smeagles (alter-ego do Gollum, o monstrinho feio do Senhor dos Anéis) eu me sinto obrigado a informar que sou muito mais bonito que o Smeagles. Então, por favor, apaixonem-se por mim.
Desculpe-me, pessoal. Eu não estava no clima para postar nesta última semana. É que sábado passado um amigo de infância teve uma parada cardíaca e foi parar no hospital. Ele está sedado desde então, devido a um edema cerebral. Os médicos acreditam que ele tem uma má formação congênita que pode causar arritimia cardíaca, afinal, não é nada comum ter uma parada cardíaca aos 24 anos.

sexta-feira, janeiro 10, 2003

Eu não gosto da Vanessa Jackson. Não sei o porquê exatamente. Acho que a minha antipatia por ela é por causa daquela voz chata, além das caretas que ela faz quando canta - que devem ser as mesmas de quando ela faz cocô.

Por outro lado, eu adoro crianças. Tenho duas irmazinhas que eu simplesmente amo de paixão. Sou um irmão coruja mesmo. Levo pra passear, compro presentes, faço tudo. Mas não gosto de comerciais de TV com crianças, me soa falso demais.

A Globo, no ano que passou, conseguiu combinar duas coisas péssimas na sua vinheta de fim de ano: a Vanessa Jackson cantando 'hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser', com criancinhas, também cantando.

Não preciso dizer que achei horrível.
Depois do sucesso estrondoso de Cidade de Deus, o diretor Fernando Meirelles já está finalizando os acordos para rodar a continuação, que será chamada de Cidade de Deus 2 - A Missão, e será seguida de um terceiro filme, Cidade de Deus 3 - O Resgate.

quarta-feira, janeiro 08, 2003

Acabei de ler o Drácula de Bram Stocker e também já li o livro Cidade de Deus, de Paulo Lins. Tudo isso nesse intervalo de tempo em que não postei nada aqui. Aliás, gostaria de pedir desculpa para os poucos que me lêem, mas sabem como é, com tanta coisa pra fazer no ano novo realmente não sobra tempo para se animar e escrever no blog. E quando comecei este blog eu decidi que não ia cometer o mesmo erro do blog anterior, o de escrever por obrigação mesmo não estando a fim.

Bem, mas eu já estou mudando de assunto, eu queria falar dos livros que li. O Drácula é muito bom, mais pela ambientação do mito do vampirismo do que pela história em si, que eu confesso que achei meio fraca. É tudo muito óbvio, o que faz o livro perder um pouco da graça. Mas ainda assim, ler a história original do Conde Drácula e se imaginar nos corredores do seu castelo na Transilvânia é sensacional.

O Cidade de Deus, por sua vez, é ótimo em todos os sentidos. Daqueles livros que você pega e não consegue mais largar, e acaba levando para tudo quanto é lugar pra ler sempre que dá um tempinho. Se você viu o filme e acha que por isso ler o livro não teria graça, não se preocupe: o livro, por incrível que pareça, é muito melhor que o filme! Alguns personagens são muito mais desenvolvidos no livro do que no filme, enquanto que outros que têm muito destaque no filme quase não aparecem no livro. Além disso, existem muitos personagens que só aparecem no livro e nem são citados no filme. O próprio desenrolar da história é completamente diferente, mas muito envolvente. O autor abusa do linguajar usado pela malandragem carioca, o que torna a leitura uma experiência única. Recomendo.

Aliás, agora que falei do linguajar da malandragem me lembrei de um outro ótimo livro, Estação Carandiru do doutor Dráuzio Varella. É, aquele mesmo do fantástico. O cara trabalhou durante anos no Carandiru num projeto voluntário de prevenção de AIDS entre os presos, e o resultado é um livro fascinante.

Bem, mas este post já está maior do que deveria. Depois escrevo mais.