sexta-feira, dezembro 27, 2002

Resoluções de Ano Novo

Eu sempre achei que resoluções de ano novo são aquelas coisas que a gente gostaria de fazer, mas sabe que não vai cumprir. Por isso, nunca dei muita atenção pra esse tipo de coisa. Mas esse ano de 2003 estou querendo inovar. E nada melhor do que começar fazendo algo que nunca fiz antes, como por exemplo, resoluções de ano novo. E espero que eu consiga cumpri-las!

  1. Arrumar uma namorada.
    É, cansei de ficar sofrendo pelo que já aconteceu. E também cansei de só ficar, sem assumir compromisso. Quero arrumar uma esqueletinha que me ame. Interessadas, me mandem um email ;o)
  2. Levar a academia a sério!
    Nesse ano que se inicia eu vou malhar religiosamente três dias por semana! E vou ficar sarado, vou ser um esqueleto gostosão hehe :o)
  3. Nada de lamentações
    Vou parar de reclamar da vida. Aliás, cabe aqui um esclarecimento: eu não sou assim não, viu? Foi só uma fase mas que já passou. Nada de choro em 2003!
  4. Acabar o projeto final da faculdade!
    Dá pra acreditar? Já fiz o mais difícil, que é acabar todas as matérias, mas agora estou enrolando no projeto final, e sem ele não me formo. Vou tomar vergonha na cara ano que vem e terminá-lo.
  5. Beber menos Coca Light
    Eu sou um verdadeiro viciado em Coca Light, o que não faz muito bem para meu organismo. Além de causar um crônico problema de gases (não acredito que estou falando isso aqui!), a Coca Cola também faz um certo mal para o estômago. Está fora da minha dieta em 2003.
  6. Ler mais
    Nessa época de faculdade eu estava lendo pouco. Isso vai mudar em 2003. Aliás, já está mudando. Recentemente já li Crime e Castigo, de Dostoievsky, reli Metamorfose, de Kafka, li dois livros ótimos de crônicas do Vinícius de Moraes, e estou lendo agora o Drácula de Bram Stoker (nada a ver com a Vampiromania que a Globo inventou).
  7. Comprar meu carro
    Tô de saco cheio de ter que pegar o carro dos meus pais. Vou comprar o meu próprio, apesar de ser uma facada fenomenal nas minhas economias
Acho que por enquanto é só. Não vou escrever mais senão acabo não cumprindo nem metade da minha lista!

Ah, e no fim do ano que vem, me lembrem de olhar essa lista para ver quais itens eu consegui cumprir!
No fim de tudo, o que me restou foram as lembranças. Não tenho mais o seu sorriso, não tenho mais a sua voz no telefone. Não tenho mais a felicidade de te encontrar, linda, de noite depois do trabalho. Não saio mais com você, nem viajo mais com você. Não vou mais contigo no shopping, no cinema, nem fico mais contigo em casa.

Não ter mais nada disso me causa uma profunda tristeza. Você foi a minha luz e minha vida, e elas foram embora junto contigo.

Mas eu lembro. Triste, de noite, no quarto, eu lembro. Lembro dentro do ônibus, ou no trabalho, sentado em frente ao computador. Tudo o que faço ou deixo de fazer me faz lembrar de você.

A saudade que sinto me deixa triste. Não uma tristeza agoniada, mas uma tristeza tranqüila, daquelas que um homem pode carregar, silencioso, pela vida toda. Sinto que daqui pra frente, o resto da minha vida vai ser assim, mas sigo em frente, porque um dia eu te tive, e um dia nós nos amamos.

E só isso já faz toda a minha vida ter valido a pena.

quarta-feira, dezembro 25, 2002

Feliz Natal!

quarta-feira, dezembro 18, 2002

Da série Coisas hediondas que presenciei

Acabo de ouvir Paula Toller cantando cover do Claudinho & Buchecha. Com direito a "tchurudurunthcacundurum". O refrão é mais ou menos assim: "Quero te encontrar / Quero te amar / Você pra mim é tudo / Minha terra meu céu meu mar".

Agora mentaliza, ou como diria o Seu Saraiva, realiza. É ou não é hediondo?

terça-feira, dezembro 17, 2002

Dança do Poder, estrelando Lula!

segunda-feira, dezembro 16, 2002

Acho que a minha vida é algo completamente surreal. Tantas coisas improváveis acontecem comigo que em uma certa época eu costumava achar que isso era comum. Mas quando eu contava meus 'causos' para algum amigo ele invariavelmente me taxava de mentiroso compulsivo.

Hoje aconteceu mais um fato surreal. Desses que se eu contar ninguém acredita, por isso prefiro nem contar pra ninguém. Aliás não era nem para eu escrever aqui. Afinal, esse blog não é um querido diário, ora bolas. Mas foda-se: vou escrever assim mesmo.

Primeio um pouco de background para vocês captarem o surrealismo da situação. Quem já lê esse blog a um tempinho sabe que tem essa ex-namorada que anda mexendo com a minha cabeça. Fazia um ano que a gente não se via, o que é normal, afinal moramos em cidades diferentes. A coisa de 3 semanas atrás eu aloprei e mandei um email pra ela dizendo que estava com saudades e que ainda a amava, entre outras coisas, mas a resposta que recebi não foi das mais animadoras (quem quiser saber qual foi, procure o post de 24 de novembro). Depois ela se arrependeu e pediu desculpas, e mantivemos algum contato via email e ICQ, mas nada além disso, afinal, ela está de namorado novo, e segundo as suas próprias palavras, ele é muito melhor que eu.

Voltando para o dia de hoje. De manhã, eu dei uma passadinha na academia para fazer minha avaliação física, e depois passei no guichê da companhia de ônibus para comprar minha passagem (trabalho no Rio). Eu deveria pegar o ônibus de 10:30, mas resolvi comprar a passagem para o ônibus de 11:00 para poder tomar banho e me arrumar com mais calma. Voltei pra casa, tomei banho, me arrumei, e fui para o ponto de ônibus; o ônibus passou, fiz sinal, ele parou, entrei, entreguei o bilhete para o motorista, e me dirigi à minha poltrona. Quando estava arrumando as minhas coisas no bagageiro, ouvi uma voz familiar: "Esqueleto!" (meu nome não é Esqueleto, óbvio, mas não vou dizer aqui meu verdadeiro nome). Olhei para a direção da voz, e nesse momento, devo ter feito a cara mais engraçada do mundo.

Era ela. Fiquei durante uns 3 segundos com cara de bunda, e depois fui cumprimenta-la. Fiquei sabendo que seu namorado mora na mesma cidade que eu, e ela tinha passado o fim de semana com ele. Hoje de manhã ela foi ao dentista, também na mesma cidade, e por isso estava pegando o ônibus das onze. Cacete. Depois de um ano sem vê-la - um ano! - , eu a encontro no lugar mais improvável possível, dentro de um ônibus intermunicipal! E logo depois de todas as cartas que mandei pra ela! (OBS: esse é o detalhe surreal da história, entenderam? Por favor, finjam espanto). Eu fiquei tão baqueado que nem sabia o que falar direito. Trocamos meia dúzia de palavras e depois voltei para minha poltrona, que era longe da dela - os assentos nesse ônibus são numerados.

Mil pensamentos me ocorriam como num turbilhão, mas durante a viagem, que leva cerca de uma hora e meia, tive tempo de esfriar a cabeça. Quando chegamos ao nosso destino falamos com mais calma e dei um abraço demorado e apertado nela. Como era hora do almoço a convidei para almoçar. Fomos para um restaurante lá perto e ficamos quase duas horas conversando, e durante esse tempo, apesar de termos passado um ano distantes parecia que não faziam nem quinze minutos desde a última vez que nos vimos. Todos os trejeitos, todos os detalhes estavam lá. O jeito dela andar, de arrumar o cabelo, de se olhar em todos os espelhos que encontra. O jeito como ela ria das minhas piadas sem graça. Estava tudo tão ótimo e tão maravilhoso que resolvi nem tocar em assuntos sentimentais com ela, pelo risco de estragar o clima.

Depois fui leva-la até o ponto onde ela pegaria o ônibus para a faculdade. Chegamos, o ônibus passou, demos dois beijinhos de despedida, e então ela se foi. Mas não fiquei triste. As pessoas na rua devem ter achado que eu era maluco, mas eu fui andando até o escritório com um tremendo sorriso de bobo no rosto.

Não sei quem foi o responsável por esse encontro: o destino, o acaso, ou Deus. Mas quem quer que seja que tenha planejado o dia de hoje, só tenho uma coisa a dizer: muito obrigado, hoje um homem ficou muito feliz.

domingo, dezembro 15, 2002

Meninas que um dia amei
E que não sei mais onde estão
Hoje eu queria dizer
Que amo todas vocês.

Menina alegre e insegura
Menina carente de amor
Amo demais vocês duas
Mesmo daqui onde estou.

Menina tímida e linda
Menina que me desprezou
Meu coração por vocês
Ainda bate com dor.

Menina que me amava
E que a mim se entregou
Ainda te ouço falar:
"Eu te amo, meu amor".
Por que tantas mulheres gostam do Álvares de Azevedo?

sexta-feira, dezembro 13, 2002

Não sou exatamente um fã do Joelmir Betting. Pra dizer a verdade, não sou fã de nenhum economista, :o) mas de vez em quando leio a coluna dele no Globo, apesar de gostar mais da Miriam Leitão. E na coluna de hoje achei um textozinho legal sobre o Henrique Meirelles, futuro presidente do Banco Central.

Senhor da moeda

A escolha de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central (BC) é politicamente ousada. Ousada politicamente porque o nome escolhido foi pinçado, digamos assim, do partido de FHC e do hábitat do FMI. E porque foi escolhido justamente um ?banqueiro internacional?, segundo o nariz torcido da galera petista.

Vamos aos descontos. Henrique Meirelles, 57 anos, não é um banqueiro internacional. É um bancário brasileiro recém-aposentado e de grande sucesso na carreira profissional. Não contente em presidir um banco estrangeiro no Brasil, o Banco de Boston, foi o primeiro estrangeiro a presidir a matriz mundial de um banco americano, o próprio Boston.

(...)

No mais, para Lula e a cúpula do partido, a carteirinha do PSDB não passa de um detalhe para todo um projeto de reconstrução nacional. Detalhe suficiente, porém, para provocar um interessante diálogo na tarde de ontem entre um líder tucano e um cacique baiano.

O tucano: "Tenho duas notícias de última hora. Uma boa e outra má." O cacique: "Solta a boa!" O tucano: "O Henrique Meirelles, aquele do Banco de Boston, será o novo presidente do Banco Central." O cacique: "E qual é a notícia ruim?" O tucano: "Bem, o Lula e o PT estão montando uma bela máquina de governar e podem fazer um magnífico governo logo de cara. Já pensou nossas chances para 2006?"


Gostei. Tem gente que vai concordar, outros vão discordar. Mas é legal ver as Organizações Globo apaixonadas pelo Lula, apesar dos motivos não serem os mais nobres :o)

O restante da coluna está aqui. Quem quiser ler corra, antes que mude.

quinta-feira, dezembro 12, 2002

No relógio digital
Ao lado da minha cama
O tempo não passa mais.

Os grilos e as cigarras
Já pararam de cantar.
E até os passarinhos
Abandonaram seus ninhos
E foram pra outro lugar.

Até a chuva parou,
Deixando a terra molhada,
E as nuvens carregadas
E todas as poças d'água
Refletindo o céu cinzento
Como espelhos da minha alma
E da minha solidão.
Estou sentindo algo dentro de mim - e que ninguém me venha com piadinhas. Sinto que algo está prestes a explodir. O meu mundo vai mudar pra sempre. Algo muito importante está prestes a acontecer, só não sei se isso é bom ou é ruim.
Se tu me amas, ama-me baixinho
não o grites de cima dos telhados
deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim !
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda...

(Mário Quintana)

Desavergonhadamente roubado daqui.

terça-feira, dezembro 10, 2002

Acho que essa moça aqui me confundiu com outra pessoa. Fala sério. Nessas horas a minha porção 'vai se fuder' quase emerge, mas eu respiro fundo, conto até 10, e deixo tudo pra lá.

Agora, bicha é a mãe.

segunda-feira, dezembro 09, 2002

"O material do poeta é a vida, e só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e sublime. Seu instrumento é a palavra. Sua função é a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros em relação a tudo o que existe ou é passível de existência no mundo mágico da imaginação. Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela, simples e comunicativa possível, do contrário ele não será nunca um bom poeta, mas um mero lucubrador de versos"

Trecho de Sobre a Poesia, de Vinícius de Moraes

domingo, dezembro 08, 2002

Trecho de um texto do Mr. Manson, do Cocadaboa, sobre o Michael Jackson.

"Pessoalmente, já desconfiava que havia algo errado com esse cara desde quando ele inventou o "moonwalking". Eu era apenas uma criança e não entendia nada do mundo, mas porra, o maluco parecia estar andando para frente, mas na verdade andava para trás! Tem coisa mais bizarra do que isso? Sério! Qualquer imbecil pode ser pedófilo, andrógino ou trocar de raça, são todas coisas que se aprendem na escola, mas para andar de costas é preciso ter algum tipo de desvio comportamental muito grave."

Morri de rir. O resto está aqui.
A dor vai passando,
E a ferida vai sarando,
E a vida continua.

E você não ocupa
Mais meus pensamentos.
E não choro por amor.

E já não me sinto triste,
Até voltei a rir.
E voltei a gostar do sol.

E a dor que eu sentia,
Essa já passou.
E a ferida sarou.

E a vida?
Bem, a vida
Ainda não acabou.

sábado, dezembro 07, 2002

Nem Sempre se Pode ser Deus
Titãs

Não é que eu me arrependi
Eu tô com vontade de rir
Não é que eu me sinto mal
Eu posso fazer igual
Não é que eu vou fazer igual
Eu vou fazer pior!

Nem sempre se pode ser Deus!
Nem sempre se pode ser Deus!
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando!

Não é que eu passei do limite
Isso pra mim é normal
Não é que eu me sinto bem
Eu posso fazer igual
Não é que eu vou fazer igual
Eu vou fazer pior!

Nem sempre se pode ser Deus!
Nem sempre se pode ser Deus!
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando
Por isso que estou gritando!
Não é por não falar
Titãs

Não é por não falar
Em Felicidade
Que eu nãe gosto de Felicidade.
Não é que eu não goste
De felicidade
É por não falar em felicidade.
E é por falar
Em felicidade
Que eu não gosto de falar
Em felicidade.
Alguém por favor avisa a Marisa Monte que ela náo precisa ficar fazendo uuuu-uuuu-uuu nas músicas pra mostrar que canta bem. Quando ouço os uuuus de Já Sei Namorar dá vontade de jogar a caixa de som na cabeça dela. :o)
Adicionei mais uns blogs na lista aí do lado. O Menina Com Uma Flor merecia entrar só pelo nome, que é inspirado em um texto lindo do Vinícius de Moraes. Mas além de ter um nome muito bem escolhido, o texto dela também é ótimo. Entra com louvor. Tem também o blog da Suzy Bee, que é sensacional. Entra também, apesar dessa menina estar ameaçando parar o blog. Ai dela se fizer isso! E pra fechar, também coloquei o Dia a Dia da Bibia, blog muito inteligente e bem humorado. Entra na lista porque sempre que leio me ajuda a levantar meu astral.

quinta-feira, dezembro 05, 2002

Chegar no trabalho, ligar o Winamp no modo Shuffle e ganhar de presente como primeira música a Master of Puppets, do Metallica.

São essas coisas que me fazem acreditar que a vida ainda é bela!

quarta-feira, dezembro 04, 2002

Cansei de sofrer. Quero conhecer uma esqueleta bonitinha que me faça feliz, quero ter com elas muitos esqueletinhos e vê-los correndo pela casa. Mas quero que isso venha na hora certa. Enquanto essa esqueletinha não vem, quero me divertir com meus outros amigos esqueletos, sair para chacoalhar os ossos.

Tem uma esqueleta aí não saía da minha cabeça já faz um ano. O nosso fim foi meio esquisito e por isso fiquei com um sentimento mal resolvido, até porque eu não sabia o que ela sentia por mim. Ficava aquela dúvida: "o nosso relacionamento foi tão legal, a gente se dava tão bem. E se ela ainda gosta de mim? E se a gente pudesse reeditar tudo isso?". Só que aí ela veio e falou todas aquelas coisas monstruosas. E a dúvida sobre ela gostar de mim ou não acabou. E com isso foi embora também a possibilidade de voltarmos. E tendo isso ido embora, também não sofro mais tanto por ela.

Nunca fui dado a depressões mas estive me sentindo muito mal nos dias que passaram. Confesso que até chorei por ela. Logo eu, quem me conhece acha difícil de acreditar numa coisa dessas. Mas foi bom, porque depois de chorar me senti novo, como se estivesse tomado um banho gelado e depois passado por uma sessão de shiatsu. E agora não fico mais me remoendo na cama por causa dela, não escrevo mais versos apaixonados para ela.

Sei que perdi muita coisa nessa história toda - mas também ganhei algo muito importante: a minha felicidade de volta.